Em visita ao Brasil nesta terça-feira (2), o ministro das Relações Exteriores do Iraque, Ibrahim al-Jaafari, pediu apoio do país no combate ao Estado Islâmico e defendeu uma possível cooperação brasileira na área militar.
As propostas foram debatidas em encontros de Jaafari com os ministros Jaques Vagner (Defesa) e Mauro Vieira (Relações Exteriores) e o vice-presidente Michel Temer.
Segundo o Ministério da Defesa, o apoio militar do Brasil ao combate à milícia foi o principal motivo da vinda do iraquiano à Brasília.
"A guerra contra o terrorismo não é uma guerra convencional. Buscamos os países amigos e democráticos para defender aqueles que estão sofrendo com esse fenômeno", disse Al-Jaafari, de acordo com a assessoria de imprensa do ministério.
A pasta informou, no entanto, que este foi um contato inicial e que não houve definição de medidas concretas de apoio ao país árabe. Há cerca de um ano, o Estado Islâmico fincou bases em territórios de Síria e Iraque.
A milícia hoje controla cidades estratégicas, como as sírias Raqqa e Palmira e as iraquianas Mossul e Ramadi.
Em encontro com Temer, o chanceler do Iraque argumentou que o avanço do Estado Islâmico é um problema internacional, e não está restrito apenas aos países do Oriente Médio. Ao chanceler, Jaafari destacou que o terrorismo é um "problema global que exige resposta global".
Em resposta, Vieira afirmou que o Brasil é "solidário" ao governo e ao povo iraquiano, e aceitou convite para realizar visita a Bagdá. De acordo com o Itamaraty, os chanceleres trataram ainda da diversificação da pauta comercial e dos investimentos entre os dois países.