As fortes chuvas que atingem o Estado de Alagoas há uma semana deixaram centenas de desabrigados e ao menos quatro mortos, até a tarde deste sábado (27). A prefeitura da capital, Maceió, já decretou estado de calamidade pública em decorrência dos transtornos causados pela água e confirmou a mobilização de 100 homens do exército para atuar na região.
De acordo com órgãos de monitoramento meteorológico, estas são as chuvas mais intensas dos últimos sete anos na capital. Em Marechal Deodoro, na Região Metropolitana de Maceió, o nível de uma lagoa aumentou e a inundação deixou entre 150 e 300 desabrigados. O Corpo de Bombeiros (CB) informou que cidades próximas a Maceió ainda fazem o levantamento de desalojados.
Na capital, o deslizamento de terra deixou quatro mortos, entre eles uma criança. O Corpo de Bombeiros registrou ainda o resgate de 33 pessoas na cidade.
O governo municipal de Maceió informou que foram recebidas cerca de 40 chamadas de emergência, apenas na manhã deste sábado. A prefeitura confirma 23 deslizamentos de barreiras, sete quedas de árvore, uma ameaça de deslizamento e oito ameadas de desabamento de imóveis.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, afirmou que o decreto de Calamidade Pública foi necessário para o avanço na assistência da população e mobilização de outras esferas do governo. Palmeira informou que 100 homens do exército, além de dois técnicos da Defesa Civil Nacional estão trabalhando na cidade.
"Há muito tempo Maceió não sofria com chuvas tão fortes. As secretarias municipais viraram a madrugada atendendo ocorrências, desobstruindo vias atingidas por quedas de barreiras e atendendo desabrigados e desalojados, mas precisamos muito do apoio nacional para enfrentar essa situação em Maceió", disse Rui Palmeira.
No último balanço divulgado, a Defesa Civil local confirmou que choveu 55,8mm em apenas oito horas. A média do período chuvoso é de 12mm. O acumulado do mês de maio é de 567,6mm de chuva, número 48,5% maior do que o esperado.