A Favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, é palco de intensos tiroteios desde a manhã desta quinta-feira (25), em função de uma operação da Polícia Militar, à qual criminosos reagiram. Três criminosos e dois militares ficaram feridos.
A 11ª Delegacia de Polícia, que atende a Rocinha e fica na Rua Bertha Lutz, ao pé do morro e paralela à Auto Estrada Lagoa-Barra, foi cercada pela polícia por volta das 16h30, depois de um boato de que criminosos tentariam atacar o imóvel. O trânsito na rua da delegacia foi interrompido, e cones plásticos foram espalhados ao redor do imóvel. PMs do Batalhão de Choque reforçam o policiamento no local.
Em nota, a PM negou que criminosos tenham atacado a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha.
"As perfurações na base (da UPP) foram decorrentes de confronto armado que ocorreu entre criminosos e equipe do Bope (o grupo de elite da PM) nas proximidades", afirmou a instituição.
Nas redes sociais, moradores relatam o pânico com os tiroteios de hoje. Alunos da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), que fica na Gávea, também na zona sul, em uma área próxima à Rocinha, também se assustaram com o barulho dos tiros, ouvidos a partir do câmpus.
"Parece filme de guerra", narrou um aluno no Facebook.
A prefeitura do Rio recomendou a quem esteja de carro que evite circular pela Auto Estrada Lagoa-Barra e pela Estrada da Gávea, preferindo a Avenida Niemeyer.
Segundo depoimentos no Twitter, os tiroteios aconteceram na Rua do Valão. Quem mora na região deve evitar o Túnel Zuzu Angel, a Estrada Lagoa-Barra e a Estrada da Gávea. Também há informações sobre o início do tiroteio.
Em 22 de setembro, militares do Exército chegaram por volta das 16 horas na favela da Rocinha, a mais conhecida comunidade do Rio de Janeiro, localizada em São Conrado, na zona sul do Rio. Fortemente armados, eles ficaram concentrados na principal entrada da favela, à espera de orientações.
Um ônibus foi incendiado na tarde desta quinta-feira na Avenida Niemeyer, à margem da Favela do Vidigal, na zona sul do Rio. Até as 18 horas, não havia registro de feridos, e os responsáveis pelo incêndio não haviam sido identificados nem presos. Segundo a prefeitura do Rio, há manifestação de moradores do Vidigal na via, que foi interditada nos dois sentidos.
O ataque ao ônibus (da linha Troncal 4, que liga a rodoviária, no centro, ao bairro de São Conrado, na zona sul) ocorre enquanto a Polícia Militar promove uma operação na Rocinha.