Justiça de Goiás decreta prisão preventiva de João de Deus

O médium é acusado de ter abusado sexualmente centenas de mulheres durante tratamentos espirituais
JC Online
Publicado em 14/12/2018 às 12:13
O médium é acusado de ter abusado sexualmente centenas de mulheres durante tratamentos espirituais Foto: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


Após acatar o pedido do Ministério Público do Goiás (MP-GO), a Justiça de Goiás decretou, nesta sexta-feira (14), a prisão preventiva do médium João de Deus. Ele é acusado de abusar sexualmente centenas de mulheres durante tratamentos espirituais em Abadiânia, cidade do Entorno do Distrito Federal, onde atende. Além delas, sua própria filha também o acusa de abuso

Até o momento, cerca de 450 denúncias já foram feitas em Ministérios Públicos de 10 estados e do Distrito Federal. De acordo com informações da TV Anhanguera, um dos advogados que compõem a defesa de João de Deus, Thales Jayme, disse que foi informado sobre o mandado de prisão, mas que até 12h30, horário de Brasília, ainda não tinha recebido o documento. O advogado disse ainda que não conseguiu entrar em contato com o médium nesta manhã.

Desde as denúncias, João de Deus não tinha mais aparecido publicamente. Há dois dias compareceu a Casa Dom Inácio Loyola, em Abadiânia, Goiás, para realizar novos atendimentos. O médium, no entanto passou apenas 10 minutos no local - o suficiente para gerar tumulto - e disse estar passando mal, se retirando em seguida.

Na última segunda (10), o Ministério Público de Goiás instaurou procedimento de investigação criminal (PIC) e montou uma força-tarefa para investigar as denúncias de crimes sexuais que forem feitas contra o médium.

O caso

O caso de abuso sexual envolvendo João Teixeira de Faria, o João de Deus, veio à tona pela primeira vez no último sábado (8), no programa Conversa com Bial, que exibiu depoimentos de mulheres que relatam terem sido abusadas pelo médium. No total, foram ouvidas 10 pessoas que descrevem suas experiências com João de Deus.

O programa, contudo, exibiu apenas quatro depoimentos - três deles sem a identificação das denunciantes. A coreógrafa holandesa Zahira Leeneke Maus, que esteve no local de atendimento do médium em 2014, foi a única entrevistada que aceitou se identificar.

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