Atualizada às 16h26
O Ministério Público (MP) do Estado de Goiás confirmou neste domingo (16) a informação de que o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, retirou R$ 35 milhões de contas e aplicações financeiras após as primeiras denúncias de abuso sexual. A informação acelerou a decretação da prisão preventiva do médium. No meio da tarde de hoje, o médium se entregou à polícia.
Até então, o médium era considerado foragido. Segundo o MP, ele não havia sido encontrado em todos os endereços possíveis e o comparecimento espontâneo não ocorreu nas 24 horas seguintes à ordem de prisão. Com isso, João de Deus teve seu nome incluído na lista dos foragidos da Interpol, caso resolvesse sair do Brasil.
Acusado de abuso sexual, o líder religioso não era visto publicamente desde a última quarta-feira (12). Já havia uma expectativa de que ele se entregasse neste domingo em Goiás. Mais de 300 mulheres afirmam ter sido vítimas do religioso, segundo o MP-GO. A defesa nega.
Na sexta-feira (14), o Tribunal de Justiça de Goiás acatou o pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e determinou a prisão do médium goiano.
A reportagem não conseguiu falar com o advogado Alberto Toron, que defende João de Deus. O médium nega as acusações.
As denúncias contra João de Deus começaram a vir a público no dia 7, quando a mídia divulgou as primeiras denúncias de abuso sexual. A partir daí, outras mulheres que afirmam ser vítimas do médium começaram a procurar as autoridades e a imprensa.