Veja o que se sabe sobre o rompimento da barragem em Brumadinho

Por volta das 21h (horário de Brasília), o número de mortos chegava a sete
JC Online e Agência Brasil
Publicado em 25/01/2019 às 20:41
Foto: Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros MG


Uma barragem rompeu-se na cidade de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta sexta-feira (25). Por volta das 21h (horário de Brasília), o número de mortos chegava a sete, de acordo com o governo de Minas Gerais. O Corpo de Bombeiros estima cerca de 150 desaparecidos.

Veja o que se sabe sobre a tragédia:

Mortos, feridos e desaparecidos

O governo de Minas Gerais confirmou que sete corpos foram encontrados entre os rejeitos. As vítimas ainda não foram identificadas. O Corpo de Bombeiros informou que aproximadamente 150 pessoas estão desaparecidas após o rompimento da Barragem da Mina Feijão.

Ainda de acordo com o governo mineiro, nove pessoas foram retiradas da lama com vida e cerca de 100 pessoas que estavam ilhadas foram resgatadas. A Vale informou ao governo que havia 427 pessoas na mina, 279 delas resgatadas com vida.

Barragem não era considerada de alto risco

A barragem da Vale estava classificada como de baixo risco de acidentes e alto potencial de danos. A informação consta do Relatório de Segurança de Barragens, elaborado pela Agência Nacional de Águas (ANA), a partir de informações prestadas por órgãos fiscalizadores ligados àa temática.

Gabinete de crise

O Ministério do Meio Ambiente divulgou nota em que informa ter criado um “gabinete de crise” para atuar no caso do rompimento da barragem da mineradora. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, viajou ao local acompanhado do presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, para acompanhar o desenrolar do caso. Segundo a nota do órgão, uma equipe do Ibama já está no local atuando juntamente à Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais.

Bolsonaro confirma ida a Brumadinho

Agência Brasil
 

O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento, no Palácio do Planalto, para anunciar as medidas emergenciais para tentar buscar soluções para “minorar” a tragédia, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele confirmou que neste sábado (26) cedo estará no local. Também destacou que um gabinete de crise monitora a situação.

“Amanhã pela manhã, juntamente ao ministro da Defesa, partiremos para Belo Horizonte. De lá, cerrará à nossa delegação o senhor governador do estado de Minas onde sobrevoaremos a região, para que possamos então, mais uma vez reavaliando os danos, tomar todas as medidas cabíveis para minorar o sofrimento de familiares de possíveis vítimas, bem como a questão ambiental”, disse o presidente em seu pronunciamento.

Rejeito atingiu o Rio Paraopeba

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o rejeito que vazou da Mina Feijão atingiu o Rio Paraopeba às 15h50.

Tragédia requer providências firmes, diz Dodge

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que rompimento da barragem requer providências firmes das instituições. Em nota à imprensa, Dodge também lamentou o desastre. “É mais uma tragédia humana e ambiental que atinge o estado e que reforça a preocupação com problemas crônicos e graves em nosso país”, disse Dodge.

Destaque na imprensa internacional

Os principais jornais da Argentina, da Espanha, do Reino Unido, dos Estados Unidos e da França ressaltaram os números do desastre: pelo menos sete mortos e 200 desaparecidos. Também associaram o fato ao rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015.

O jornal argentino Clarín disponibilizou vídeos e detalhes sobre os desdobramentos da tragédia. O texto menciona que “um rio de lodo” destruiu casas próximas a Brumadinho.

No espanhol El País, o destaque é o trabalho dos bombeiros. O jornal descreve o acidente e detalha que o local parece um “mar de lama” e menciona o fato de a empresa Vale buscar explicações para o ocorrido e prestar assistência às vítimas.

O britânico The Guardian cita a imprensa local de Minas Gerais para informar que 50 pessoas, pelo menos, podem ter morrido no local, onde há cerca de 200 desaparecidas. No texto, há também a descrição de como ficou a região após o acidente.

No jornal norte-americano The New York Times, o texto menciona a tragédia e destaca que, no momento que houve o rompimento, aproximadamente 100 empregados estavam almoçando e que o restaurante foi destruído.

O francês Le Monde diz que “depois da catástrofe de Mariana”, um novo acidente ocorreu no Brasil, em Minas Gerais, e envolvendo a empresa Vale.

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