A Vale informou agora que instalou 45 pontos de monitoramento de água entre o rio Paraopeba e a foz do rio São Francisco. Além disso, segundo a Vale, o sistema de captação de água de Pará de Minas, que está a 115 quilômetros da barragem no rio Paraopeba, será protegido por três barreiras de retenção. A aplicação de floculantes, produto químico usado para aglutinar partículas finas que facilita a retirada do material, não está descartada, mas depende da aprovação dos órgãos ambientais.
As medidas fazem parte do plano da companhia para conter os rejeitos que vazaram da barragem I da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), na sexta-feira. A companhia dividiu a área impactada em três trechos. O primeiro tem 10 quilômetros de extensão e considera o entorno da barragem. Nele serão construídos diques para reter os rejeitos grossos e pesados.
Um segundo trecho, entre Brumadinho e Juatuba, tem cerca de 30 quilômetros. Segundo a companhia, nessa área, está concentrado o material fino (silte e argila), que será dragado e acondicionado para destinação adequada.
O trecho 3, entre Juatuba e a Usina de Retiro Baixo, tem 170 quilômetros e potencial para sedimentos ultrafinos. Nessa área, a empresa deverá instalar membrana com objetivo de reter os sedimentos, mas não está descartada a possibilidade de usar floculante, produto químico usado para aglutinar os finos. Segundo a companhia, essa ação pode facilitar a retirada do material do rio, mas depende da aprovação dos órgãos ambientais.