Policiais civis cumprem quarta-feira (13) 15 novos mandados de busca e apreensão relativos à investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, há um ano no centro do Rio. A ação envolve ainda o Ministério Público do estado.
Um dos endereços alvo dos mandados e um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, bairro do Rio de Janeiro, onde mora um bombeiro suspeito de participar dos assassinatos. No bairro carioca de Rocha Miranda, um PM foi preso, mas seu nome ainda não foi divulgado. Já na Praça Seca, policiais civis realizaram busca na casa de outro agente da PM, mas não foram encontradas nem o policial nem provas comprometedoras no local, segundo o jornal O Globo.
O material apreendido está sendo encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital, que investiga o caso, e onde estão presos, desde a manhã de terça-feira (12), dois suspeitos dos homicídios: o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz.
Eles devem ser transferidos ainda hoje para unidades prisionais.
O ex-sargento Ronnie Lessa foi preso na madrugada de ontem, quando se preparava para sair de casa em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, mesma situação do ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, que mora no bairro Engenho de Dentro, na zona norte. Em conversa informal com integrantes da força-tarefa, ele contou que havia sido avisado sobre a operação.
A promotora Simone Sibílio disse que, até o momento, as investigações mostram que o crime pode ter sido motivado pela repulsa de Ronnie às causas que eram defendidas por Marielle, o que também é conhecido como crime de ódio.
Além dos dois suspeitos de matar Marielle e Anderson Gomes, um homem identificado como Alexandre Motta foi preso em flagrante na Operação Lume, deflagrada nesta terça-feira (12). Foram encontradas em sua casa caixas com grande quantidade de armamento, incluindo peças para montar 117 fuzis do tipo M-16.