A Polícia Civil de Minas Gerais apura se um composto químico chamado dietilenoglicol, achado em dois lotes da cerveja Belorizontina, da cervejaria Backer, pode ser a causa da doença misteriosa que contaminou um grupo de oito pessoas, segundo informou a agência de notícias Estadão Conteúdo.
A tal doença misteriosa ainda não foi identificada. Ela matou um homem e mantém outros sete internados, em hospitais de Belo Horizonte e da região metropolitana. O diagnóstico é de insuficiência renal aguda e alterações neurológicas graves.
O laudo da Polícia Civil identificou a presença da substância dietilenoglicol em garrafas da cerveja Belorizontina, da marca Backer, produzida em BH. As investigações, segundo a corporação, continuam, mas há a possibilidade de elo com a doença.
O efeito do dietilenoglicol no corpo é compatível com os sintomas. A substância pode ser encontrada em sistema de refrigeração de equipamentos usados na produção industrial. No caso das cervejarias, pode estar presente em serpentinas.
Garrafas da bebida foram recolhidas nas casas de pessoas contaminadas e analisadas. A polícia também esteve na fábrica da cervejaria, na Zona Oeste de Belo Horizonte. Os lotes a que as garrafas pertenciam foram identificados como os de números L1 1348 e L2 1348.
Segundo a polícia, ainda não é possível apontar a responsabilidade da cervejaria e as apurações ainda vão levar tempo.
Os sintomas iniciais apresentados pelas pessoas contaminadas são vômito e dor abdominal, associados à insuficiência renal aguda, paralisia facial e visão borrada. Os pacientes têm de 23 a 76 anos. O quadro clínico, em pelo menos alguns dos homens, começou em 19 de dezembro. Um nono caso suspeito foi descartado.