Os Estados Unidos divulgaram neste sábado vários vídeos apreendidos na operação no Paquistão que terminou com a morte de Osama bin Laden, um deles mostrando o líder da rede terrorista Al-Qaeda com barba grisalha olhando sua própria imagem na televisão. Um alto funcionário da inteligência americana afirmou neste sábado que esta apreensão é considerada a mais importante até hoje contra um chefe da Al-Qaeda.
"Graças a esta apreensão, temos em mãos a maior quantidade de documentos pertencentes a um líder terrorista já capturada", destacou. Entre os itens encontrados há principalmente gravações de áudio e vídeo, equipamentos eletrônicos, incluindo uma dezena de computadores e câmeras, notas manuscritas e centenas de unidades de armazenamento, como CDs, DVDs e pen-drives.
Segundo esta mesma fonte, que pediu o anonimato, os vídeos e documentos encontrados pelas forças especiais que invadiram a casa de bin Laden em Abbottabad, no Paquistão, começaram a ser analisados pelas agências de inteligência dos Estados Unidos imediatamente após a ação. De acordo com este funcionário, o material analisado até agora mostra que Osama bin Laden continuava sendo um "líder ativo da Al-Qaeda", dando instruções ao grupo a partir de seu refúgio e planejando ações.
"Os documentos examinados nos últimos dias mostram que bin Laden seguia ocupando a posição de líder ativo da Al-Qaeda, dando instruções estratégicas, operacionais e táticas ao grupo", indicou. "Estes documentos já nos proporcionaram uma visão importante" sobre o funcionamento da Al-Qaeda, destacou.Na quinta-feira, o departamento de Segurança Interna já havia divulgado que, com base neste material, os Estados Unidos descobriram que a Al-Qaeda planejava cometer atentados contra o sistema ferroviário americano para comemorar o décimo aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2011.
A respeito da pergunta que paira sobre o futuro da Al-Qaeda neste momento - quem sucederá Osama bin Laden à frente da rede terrorista -, o funcionário do Pentágono estimou que esta questão permanece "em aberto", ressaltando que o grupo ainda tenta superar a morte de seu líder.
A Al-Qaeda reconheceu a morte de bin Laden em um comunicado, mas "é preciso destacar que o grupo não anunciou um novo líder para substituí-lo, o que sugere que ainda estão tentando enfrentar a eliminação de bin Laden", disse.
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