Cuba classifica relatório dos EUA sobre tráfico humano de 'manipulador'

O jornal estatal 'Granma' criticou o documento norte-americano que colocou o país caribenho como local de risco para a realização de tráfico de pessoas
Do JC Online
Publicado em 21/06/2014 às 17:34


O jornal oficial Granma reagiu neste sábado (21) ao relatório que anula dos Estados Unidos sobre o tráfico de pessoas classificando a publicação de "manipuladora e unilateral". "O governo dos Estados Unidos voltou a incluir, arbitrariamente, Cuba na pior das categorias (nível 3) do relatório do departamento de Estado sobre o tráfico de pessoas. Manipulador e unilateral, Washington se atribui o direito ilegítimo de avaliar a conduta de outros, tem motivações políticas", afirma o jornal.

"Para justificar a classificação de Cuba, o relatório, referindo-se ao ano 2013, utiliza argumentos contraditórios e pouco concretos", enfatiza o Granma.

Os Estados Unidos denunciaram na sexta-feira passada (20) a Venezuela por descumprir os requisitos mínimos na luta contra o tráfico de pessoas, ao incluir o país sul-americano novamente em sua lista negra sobre o tema, onde Cuba permanece desde 2003.

O documento denunciou condições de trabalho forçado e exploração sexual de crianças, embora tenha reconhecido a intenção de Havana de se adaptar aos requerimentos das Nações Unidas contra o tráfico de pessoas.

De acordo com o relatório, alguns dos 30.000 cubanos - principalmente médicos - que trabalham em programas sociais na Venezuela, envolvidos na cooperação entre Caracas e Havana, são submetidos a longas horas de trabalho, baixos salários e represálias contra suas famílias caso se queixem.

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