Bangladesh adia julgamento de crimes de guerra

Motiur Rahman Nizami, chefe do Jamaat-e-Islami, enfrenta 16 acusações que englobam genocídio assassinato, tortura, estupro e destruição de propriedade durante a guerra de independência contra o Paquistão
Do JC Online
Publicado em 24/06/2014 às 9:39


Um tribunal especial de Bangladesh adiou o veredicto contra o principal líder de um partido islâmico acusado de crimes de guerra após o defensor passar mal. Motiur Rahman Nizami, chefe do Jamaat-e-Islami, enfrenta 16 acusações que englobam genocídio assassinato, tortura, estupro e destruição de propriedade durante a guerra de independência contra o Paquistão, em 1971.

O chefe de um painel de três juízes, M. Enayetur Rahim, explicou que uma nova data não será definida até que se avalie detalhadamente a condição médica de Nizami. "Nós não achamos que será lógico anunciar o veredicto sob as atuais circunstâncias", disse.

A guerra ainda é um assunto emocional. Bangladesh acusa os soldados paquistaneses de matarem três milhões de pessoas, estuprarem 200 mil mulheres e forçarem cerca de 10 milhões a procurarem abrigo em campos de refugiados na Índia. 

Isso levou alguns, que demandam a pena de morte a Nizami, a avaliar o adiamento como uma conspiração. "Nós não aceitaremos qualquer compromisso com as pessoas que mataram nosso povo em 1971", disse Imran H. Sarkar, que está fazendo campanha pela sentença de morte. 

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