Um tribunal especial de Bangladesh adiou o veredicto contra o principal líder de um partido islâmico acusado de crimes de guerra após o defensor passar mal. Motiur Rahman Nizami, chefe do Jamaat-e-Islami, enfrenta 16 acusações que englobam genocídio assassinato, tortura, estupro e destruição de propriedade durante a guerra de independência contra o Paquistão, em 1971.
O chefe de um painel de três juízes, M. Enayetur Rahim, explicou que uma nova data não será definida até que se avalie detalhadamente a condição médica de Nizami. "Nós não achamos que será lógico anunciar o veredicto sob as atuais circunstâncias", disse.
A guerra ainda é um assunto emocional. Bangladesh acusa os soldados paquistaneses de matarem três milhões de pessoas, estuprarem 200 mil mulheres e forçarem cerca de 10 milhões a procurarem abrigo em campos de refugiados na Índia.
Isso levou alguns, que demandam a pena de morte a Nizami, a avaliar o adiamento como uma conspiração. "Nós não aceitaremos qualquer compromisso com as pessoas que mataram nosso povo em 1971", disse Imran H. Sarkar, que está fazendo campanha pela sentença de morte.