EUA condenam eleição de separatistas ucranianos

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que "respeitava a vontade expressa pela população no sudeste" ucraniano
Carolina Sá Leitão
Publicado em 03/11/2014 às 22:08


A Casa Branca condenou nesta segunda-feira eleições "ilegítimas" realizadas no domingo na Ucrânia por separatistas apoiados pela Rússia e afirmou que os EUA não reconhecem a autoridade de indivíduos eleitos durante o "voto ilegal".

"Estas eleições fraudulentas violam a Constituição da Ucrânia, a lei do 'estatuto especial' e as normas eleitorais mais básicas", declarou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano Bernadette Meehan, em um comunicado. "Os EUA não vão reconhecer a autoridade de quaisquer indivíduos que alegam representar partes de Donetsk e Luhansk com base neste voto ilegal", acrescentou.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, assinou uma lei que concede estatuto especial às regiões separatistas e prevê eleições locais em dezembro, mas os rebeldes ignoraram o documento e seguiram em frente com seu pleito próprio em Donetsk e Luhansk.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que "respeitava a vontade expressa pela população no sudeste" ucraniano, alimentando as tensões com a Ucrânia e com o Ocidente.

A Casa Branca também levantou preocupações sobre relatos de que a Rússia está movendo tropas e equipamentos militares para a fronteira com a Ucrânia e alertou que as eleições ilegais são uma violação do cessar-fogo assinado em Minks. "Se Moscou continuar a ignorar os compromissos que fizeram em Minsk e continuar suas ações desestabilizadoras e perigosos, os custos para a Rússia vão subir", alertou Meehan. Fonte: Dow Jones Newswires.

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