Um tribunal chinês condenou nesta segunda-feira à morte oito pessoas por dois "ataques terroristas" na região de Xinjiang, de maioria muçulmana, informou a imprensa oficial.
Outros cinco acusados foram condenados a penas de morte com suspensão condicional - que geralmente são transformadas em penas de prisão perpétua - e quatro a penas de prisão, informou o canal CCTV.
Os ataques aconteceram em 30 de abril em uma estação ferroviária e em 22 de maio em uma rua comercial, ambos na cidade de Urumqi, capital de Xinjiang, e deixaram 40 mortos.
O ataque na estação aconteceu no momento em que o presidente chinês Xi Jinping visitava a região, que é cenário frequente de confrontos em consequência da tensão entre os Han (etnia majoritária na China) e os uigures (muçulmanos de língua turca).
Os criminosos, que carregavam armas brancas, também usaram explosivos. O balanço oficial foi de um morto e 79 feridos. Dois criminosos foram mortos.
Em 22 de maio, outro "atentado terrorista" em uma rua muito movimentada deixou pelo menos 39 mortos. Dois veículos avançaram contra a multidão e explosivos foram lançados.
Dois criminosos também morreram no ataque e mais de 90 pessoas ficaram feridas, segundo o balanço oficial.
As condenações anunciadas nesta segunda-feira confirmam a vontade de Pequim de reprimir os militantes uigures, considerados "terroristas" ou "separatistas".