A imprensa britânica noticiou nesta quinta-feira o atentado contra o jornal francês Charlie Hebdo como um ataque à liberdade da imprensa, e pediu à publicação que jamais abandone seu célebre espírito de provocação.
Daily Mail e Daily Telegraph estamparam a mesma manchete: "A guerra contra a liberdade" - sobre uma foto de dois agressores apontando suas armas contra um policial ferido caído no chão.
A manchete do Times foi "Ataque contra a Liberdade" e o Guardian utilizou "Assalto contra a democracia".
Financial Times, cujo redator-chefe para Europa, Tony Barber, criticou o Charlie Hebdo em um artigo qualificando a atitude de provocação do jornal de "estúpida" e "insensata", se defendeu nesta quinta-feira.
"Charlie Hebdo é, sem dúvida, uma publicação muito diferente da nossa, e a coragem de seus jornalistas e seu direito de publicar jamais poderão ser questionados, mas uma imprensa não será livre sem que seus atores se sintam livres para falar".
O ataque deixou 12 mortos, incluindo quatro chargistas - Charb, Cabu, Tignous e Wolinski - muito conhecidos na França, assim como dois policiais, um dos quais foi executado a sangue-frio quando estava caído no chão.