Milhares de pessoas se reuniram nesta quinta-feira na cidade paquistanesa de Karachi (sul) para denunciar a publicação na semana passada da charge de Maomé na revista francesa Charlie Hebdo, na maior manifestação no Paquistão desde o atentado contra essa publicação.
"Abaixo a Charlie Hebdo, abaixo as blasfêmias", gritaram os manifestantes convocados pela organização político-religiosa Sunni Tehreek, defensora dos direitos do movimento barelwis.
Se até agora se tratava de uma escola islamita oposta à mais conservadora dos deobandis (que alimenta o movimento talibã), nos últimos anos tem radicalizado sobre questões como a blasfêmia.
Desde a publicação do "número dos sobreviventes" do Charlie Hebdo após o atentado contra sua sede no último 7 de janeiro, que deixou 12 vítimas mortas, tem sido registrados protestos em várias cidades em um país que está prevista inclusive a pena de morte para quem insulte o profeta.
Os partidos islamitas convocaram manifestação novamente nesta sexta-feira, dia de oração, em todo o país.