Governo argentino desmente acusação de Alberto Nisman

Segundo o que está escrito, o texto busca "informar ao povo argentino e à comunidade internacional sobre a decisão do dia 26 de fevereiro, dada por um tribunal federal competente, ao desmentir a acusação feita por Alberto Nisman e mantida pelo também promotor Gerardo Pollicita"
Da AFP
Publicado em 06/03/2015 às 17:28
Segundo o que está escrito, o texto busca "informar ao povo argentino e à comunidade internacional sobre a decisão do dia 26 de fevereiro, dada por um tribunal federal competente, ao desmentir a acusação feita por Alberto Nisman e mantida pelo também promotor Gerardo Pollicita" Foto: Foto: Presidencia da Argentina


O governo argentino publicou um anúncio, nesta sexta-feira, em jornais de alcance mundial, no qual é desmentida a denúncia oferecida pelo promotor Alberto Nisman contra a presidente Cristina Kirchner. Kirchner é acusada de proteger iranianos acusados pelo atentado à AMIA, em 1994.

O anúncio foi intitulado "Compromisso, Verdade e Justiça" e, no caso do "The New York Times", foi divulgado com uma "advertência legal", além da assinatura do "Governo da República Argentina" no encerramento do texto.

Segundo o que está escrito, o texto busca "informar ao povo argentino e à comunidade internacional sobre a decisão do dia 26 de fevereiro, dada por um tribunal federal competente, ao desmentir a acusação feita por Alberto Nisman e mantida pelo também promotor Gerardo Pollicita".

"A importância de informar sobre esta decisão reside na seriedade institucional e política da acusação, que imputa às mais altas autoridades argentinas a obstrução na investigação do atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), que deixou um total de 85 mortos e 300 feridos", acrescenta.

O juiz argentino Daniel Rafecas rejeitou a denúncia de Nisman, morto em circunstâncias misteriosas, em razão de "inexistência de delito". O corpo do promotor foi encontrado no dia 18 de janeiro, quatro dias após as acusações a Kirchner e Héctor Timerman, ministro de Relações Exteriores.

A morte de Nisman ocorreu na véspera de sua ida a uma comissão do Congresso, quando esclareceria a acusação contra a presidenta. Mesmo com a rejeição à denúncia, o promotor Pollicita apelou da decisão na quarta-feira.

Desde que Nisman denunciou Cristina Kirchner, em 14 de janeiro, a Argentina tem vivido um thriller policial. A situação sacode os cenários político e judicial a quase oito meses das eleições gerais, marcadas para 25 de outubro.

A partir de perícia solicitada pela família de Nisman, cujo resultado teve divulgação parcial na quinta-feira (5), concluiu-se que o promotor foi assassinado.

A promotora que investiga a morte de Nisman, Viviana Fein, disse que avaliará a perícia independente e compará-la com as oficiais. Viviana não descartou convocar uma junta médica, em coletiva de imprensa na porta da promotoria onde trabalha.

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