Hillary Clinton, ex-secretária de Estado de Barack Obama e a possível candidata democrata à eleição presidencial de 2016, condenou veementemente uma carta aberta dos senadores republicanos para os líderes iranianos sobre o acordo nuclear com Teerã.
"A recente carta dos senadores republicanos vai de encontro às melhores tradições da administração americana e devemos questionar o propósito desta carta", disse Clinton durante uma coletiva de imprensa na sede da ONU.
Duas "respostas lógicas" para essa pergunta: "ou esses senadores estavam tentando ajudar os iranianos, ou prejudicar o responsável por esta questão diplomática internacional", considerou.
Segundo ela, "seja qual for a resposta, ela desacredita os signatários da presente carta".
Em uma carta aberta "aos líderes da República Islâmica do Irã", 47 dos 54 senadores republicanos, advertiram que apenas o Congresso americano tinha o poder de retirar permanentemente as sanções americanas, adotadas sob a forma de leis nos últimos anos.
Implicitamente expressaram assim sua oposição a um possível acordo político entre o Grupo 5+1 (Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha) e o Irã, cujos contornos estão sendo discutidos.
"O presidente e sua equipe estão envolvidos em negociações intensas. Seu objetivo é chegar a uma solução diplomática que impediria o Irã alcançar a bomba atômica e nos daria acesso e uma visão sem precedentes ao programa nuclear iraniano", ressaltou Clinton.