O presidente Barack Obama se reuniu nesta terça-feira (14) com o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, na Casa Branca e elogiou os importantes avanços que, com o apoio dos Estados Unidos, as forças iraquianas alcançaram contra o grupo Estado Islâmico.
Obama afirmou que os aliados registram avanços importantes fazendo os jihadistas retrocederem e agradeceu a Abadi por manter seu compromisso de um governo iraquiano mais inclusivo.
Em sua primeira viagem como primeiro-ministro a Washington, Abadi havia declarado que sua prioridade seria garantir um forte aumento da campanha aérea liderada pelos Estados Unidos e o envio de armas.
Obama não se comprometeu com isso em público, mas disse que havia falado extensivamente com Abadi sobre a coordenação dos próximos passos e sobre uma possível ajuda americana.
O presidente americano também anunciou uma ajuda adicional de 200 milhões de dólares para as pessoas deslocadas ou prejudicadas pelas atividades do grupo Estado islâmico.
Importantes áreas do Iraque, incluindo a cidade de Mossul e a vasta província ocidental de Anbar, permanecem sob a ocupação de militantes que buscam instaurar um califado islâmico.
Abadi renovou seu compromisso de libertar estas áreas, apesar das forças armadas iraquianas estarem devastadas após anos de guerra, deserção e falta de financiamento.
Para defender Bagdá e outros pontos-chave, o governo iraquiano se apoiou fortemente em ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos e na milícia xiita que, segundo Washington, é controlada pelo Irã.
Obama apelou para que estes milicianos se submetam ao controle do governo, convocando todos os atores a respeitar a soberania do Iraque.
Abadi saudou a ajuda na luta contra o Estado Islâmico, mas disse que "rejeitará qualquer transgressão da soberania iraquiana".
A presença da milícia xiita em cidades e aldeias dominadas pelos sunitas também levantou o fantasma de mais violência étnica que abalou o Iraque por tanto tempo.
Abadi prometeu que seu governo terá tolerância zero nas questões de abusos de direitos, e que qualquer um que se envolver em atrocidades contra civis responderá por seus atos.