O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta sexta-feira que é crucial que as autoridades ucranianas investiguen rapidamente os assassinatos de duas figuras pró-russas em Kiev.
Ban expressou sua preocupação sobre as mortes e assinalou que o presidente Petro Poroshenko prometeu realizar uma investigação rápida.
Na véspera, um conhecido jornalista ucraniano pró-russo, Olea Buzina, foi assassinado em Kiev, na segunda morte por disparos de uma pessoa favorável a Moscou na capital ucraniana em 24 horas.
Petro Poroshenko classificou o assassinato e os outros crimes similares ocorridos nos últimos dias como "provocações em benefício dos inimigos da Ucrânia" e pediu uma investigação transparente dos fatos.
Um dia antes, um ex-deputado pró-russo foi assassinado a tiros em Kiev, outro aliado do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich que perdeu a vida em situação estranha nos últimos dois meses.
O corpo do ex-deputado Oleg Kalashnikov, do Partido das Regiões, de Yanukovich, foi encontrado em sua casa no início da noite, revelou o ministério do Interior em um comunicado, destacando que ele morreu baleado.
A morte de Kalashnikov também ocorreu após o suposto suicídio de Olexander Peklushenko, ex-governador e também membro do Partido das Regiões, encontrado morto em meados de março em sua casa no sul da Ucrânia.
Dias antes, Stanislav Melnik, outro ex-deputado do Partido das Regiões, foi achado morto em sua residência na região de Kiev, vítima de mais um suicídio aparente.
No final de fevereiro, Mikhailo Chechetov, também do partido de Yanukovich, teria cometido suicídio ao se jogar do 17º andar de um prédio em Kiev.
O Parlamento ucraniano destituiu o pró-russo Viktor Yanukovich em fevereiro de 2014, após três meses de protestos e conflitos no centro de Kiev.