O papa Francisco denunciou nesta quarta-feira a "perda" social que é a "desvalorização" do casal homem-mulher, "obra-prima de Deus", em um novo convite inequívoco a defender o casamento e a família católicos. Por ocasião da audiência geral semanal, o chefe da Igreja católica, na presença de 25 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro, chamou a "restaurar a honra do casamento e da família."
"A desvalorização social da aliança estável e fecunda entre homem e mulher é uma perda para todos. Se não formos capazes de cuidar com simpatia desta aliança, capaz de proteger as novas gerações da desconfiança e indiferença, os nossos filhos serão cada vez mais extirpados", disse ele. "Deus abençoe e proteja com ternura o casal humano, sua obra-prima", disse o Papa.
Francisco também condenou a concepção, comum em muitas sociedades, segundo a qual a mulher é "subordinada" ao homem: a mulher "não é de forma alguma uma criatura do homem", não está em um posição de "inferioridade". Ele criticou o "os excessos humilhantes das culturas patriarcais que consideram as mulheres como seres de segunda classe."
O papa prosseguiu falando sobre uma série questões relacionadas à família. Ele ressaltou o seu compromisso com o casamento indissolúvel, a poucos meses de um sínodo (assembleia de bispos) para resolver a questão particularmente sensível do lugar na Igreja dos divorciados que voltaram a casar.
Ele parece querer marcar sua ortodoxia doutrinal sobre estes temas, para dissipar os mal entendidos sobre as reformas futuras, frente aos conservadores que o criticam por sua abertura.
Na última audiência geral, Francisco considerou que "a suposta teoria de gênero", parecia ser "uma expressão de frustração que pretende apagar a diferença sexual."