O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, incentivou nesta quarta-feira (24) Paris a adotar medidas judiciais após as revelações de espionagem praticada pelos Estados Unidos, prometendo novas informações ainda "mais importantes" durante uma entrevista a um canal de televisão francês.
Ao canal TF1, o fundador do site pediu para que as autoridades francesas "lancem uma investigação parlamentar e iniciem processos judiciais", e afirmou que os "documentos mais importantes ainda estão por vir" após as revelações sobre a espionagem dos três últimos presidentes da França.
Na terça-feira (23), o jornal Libération e o site de notícias Mediapart publicaram documentos, vazados pelo WikiLeaks, indicando que o serviço secreto americano espionou, entre 2006 e 2012, os três últimos chefes de Estado franceses: Hollande, eleito em 2012, e seus dois antecessores, Nicolas Sarkozy (2007-2012) e Jacques Chirac (1995-2007).
O ex-funcionário da NSA (Agência Nacional de Segurança) Edward Snowden revelou em 2013 a existência de um vasto sistema de espionagem de conversas telefônicas de vários governantes, incluindo chanceler alemã Angela Merkel e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff.