O presidente Barack Obama prestou homenagem em Charleston (Carolina do Sul) nesta sexta-feira (26) ao pastor negro Clementa Pinckney, que foi morto com oito paroquianos em um ataque racista a uma igreja metodista da cidade na semana passada.
Em frente ao caixão de Pinckney, Obama cantou o hino "Amazing Grace", acompanhado pelos membros da igreja.
Milhares de pessoas se reuniram em um ginásio na pequena cidade para ouvir o primeiro presidente negro dos Estados Unidos saudar a memória do pastor, "um homem de Deus, um homem que acreditava em dias melhores", segundo Obama.
"A nação partilha da sua dor. Que bom homem. Que exemplo estabeleceu", disse o presidente, longamente aplaudido pelos cerca de 5.000 presentes à cerimônia.
Em sua fala, Obama se referiu mais de uma vez à bandeira confederada, que representava os Estados escravagistas do sul durante a Guerra de Secessão.
"Uma bandeira não causou essas mortes", disse o presidente, ressaltando, porém, que ela não deve ser mais exibida.
"Ao arriarmos essa bandeira expressamos a graça de Deus".
O acusado de matar as nove pessoas na igreja aparecia em algumas fotos com a bandeira dos confederados.
Ao final da cerimônia, Obama entoou cantos religiosos ao lado de membros da Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel.
A violência armada nos EUA também foi alvo de críticas do presidente.
Ele e a primeira-dama, Michelle, chegaram ao local da homenagem no início da tarde e se sentaram na primeira fila, acompanhados pelo vice-presidente, Joe Biden, e por sua mulher.