Os Estados Unidos reconheceram os esforços de Cuba para combater o tráfico sexual e melhoraram a nota da ilha em sua classificação sobre a matéria, segundo relatório do departamento de Estado divulgado nesta segunda-feira.
Cuba foi retirada da lista negra devido "aos avanços que o governo fez ao investigar o tráfico sexual, assim como o compromisso do governo para cumprir com os padrões mínimos", afirmou a subsecretária de Estado para Direitos Humanos, Sarah Sewall.
A ilha comunista, que estava entre os piores países em 2003, foi promovida à "lista de observação", junto com outros 40 países que o departamento de Estado considera que fizeram esforços para cumprir com as normas internacionais contra o tráfico de pessoas, mas que exibem pouca evidência de avanços ou o número de vítimas é ainda significativo.
"A melhor classificação não significa que o país esteja livre do tráfico", destacou Sewall, que também advertiu sobre a preocupação de Washington porque Havana não reconhece o trabalho forçado como um problema.
Sewall afirmou que a situação do tráfico de pessoas fará parte das próximas negociações sobre direitos humanos entre Estados Unidos e Cuba, que na semana passada restauraram relações diplomáticas depois de mais de meio século de hostilidades.
Por sua parte, os Estados Unidos mantiveram pelo segundo ano consecutivo a Venezuela na lista negra, ao considerar que Caracas não cumpre com os padrões mínimos e não faz esforços significativos para reparar essa situação.