Cientistas chineses têm três projetos diferentes envolvendo a detecção de ondas gravitacionais, anunciou a imprensa local, poucos dias depois que um grupo de pesquisadores confirmou a previsão do físico Albert Einstein.
Esses projetos permitirão à China virar o "líder mundial" no campo desta pesquisa, segundo as fontes.
Pequim dedica milhões de dólares à conquista do espaço, considerada um novo símbolo da potência do país.
Em um marco para a física e a astronomia, cientistas de vários países anunciaram na quinta-feira passada ter detectado de forma direta as ondas gravitacionais, ondulações do espaço-tempo que foram previstas por Albert Einstein em 1915.
Dois buracos-negros se chocaram há 1,3 bilhão de anos. O cataclismo lançou estas ondas em todas as direções até que chegaram à Terra no dia 14 de setembro, onde foram captadas por instrumentos instalados nos Estados Unidos.
Esta descoberta foi feita em colaboração com equipes de investigação europeias, especialmente de França, Itália e Alemanha.
As ondas gravitacionais são produzidas por perturbações na trama do espaço-tempo pelos efeitos do deslocamento de um objeto de grande massa. Estas perturbações se deslocam na velocidade da luz em forma de ondas e nada as detêm.
Este fenômeno costuma ser representado como a deformação que ocorre quando um peso repousa sobre uma rede. Neste caso, a rede representa o tecido do espaço-tempo.
A descoberta é histórica porque permite verificar de forma direta uma das previsões da teoria geral da relatividade.
Os físicos determinaram que as ondas gravitacionais detectadas em setembro nasceram na última fração de segundo antes da fusão de dois buracos negros, objetos celestes ainda misteriosos que resultam do colapso gravitacional de estrelas gigantes.
A possibilidade de uma colisão entre esses corpos havia sido prevista por Einstein, mas o fenômeno nunca tinha sido observado.
De acordo com a teoria geral da relatividade, um par de buracos negros em que cada um orbita em torno do outro perde energia, produzindo ondas gravitacionais.
Ser capaz de detectar essas ondas que viajam sem perturbação por milhões de anos torna possível voltar para o primeiro milissegundo do chamado Big Bang.