Milhares de pessoas manifestaram-se no Peru contra a candidatura de Keiko Fujimori à presidência e para condenar o golpe de Estado do pai dela, o ex-presidente Alberto Fujimori, em 5 de abril de 1992.
Representantes da Coordenadoria Nacional de Direitos Humanos informaram à agência Efe que as manifestações, nessa terça-feira (5) , em várias cidades do país reuniram cerca de 50 mil pessoas.
O secretário executivo da coordenadoria, Jorge Bracamonte, disse que a manifestação em Lima foi feita com a intenção de lembrar que a partir do golpe de 1992 foram alteradas todas as instituições do país.
No próximo dia 10, quase 23 milhões de peruanos vão eleger o presidente e dois vice-presidentes para o período 2016-2021, assim como 130 congressistas e 15 representantes no Parlamento.
As mais recentes sondagens dão a vitória a Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), com 35% das intenções de voto, seguindo-se Julio Guzmán (17%), o ex-ministro Pedro Pablo Kuczynski (11%) e César Acuña (8%).
O sistema político do Peru, onde o voto é obrigatório, tem por base o regime presidencialista, com mandato de cinco anos renovável, mas não de modo consecutivo, e um Parlamento de câmara única.
O Tribunal Constitucional do país ratificou, em janeiro de 2015, a condenação a 25 anos de cadeia, aplicada em 2009, ao ex-presidente Alberto Fujimori por crimes contra a humanidade.