Em meio a esforços para conter o surto de febre amarela em Angola, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta terça-feira (26) que as pessoas que pretendem visitar o país devem se vacinar contra a doença e apresentar certificado de imunização. "Recomendamos fortemente que os viajantes que se dirigem a Angola se vacinem e levem consigo o certificado”, disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.
Dados mostram que, desde o início do surto, em dezembro do ano passado, 1.975 casos suspeitos de febre amarela já foram identificados e 618 confirmados, além de 258 mortes provocadas pela doença – a maioria na capital Luanda e em duas províncias próximas.
Diante do risco iminente do surto atingir outras áreas urbanas de Angola e países vizinhos, uma campanha de vacinação em larga escala foi lançada em fevereiro deste ano. Até o momento, segundo a OMS, quase 7 milhões de pessoas já receberam a dose.
“Casos de febre amarela relacionados a esse surto foram identificados em outros países da África e da Ásia. Estamos particularmente preocupados que grandes áreas urbanas estejam em risco", afirmou Margaret Chan.
A febre amarela, transmitida por mosquitos, especificamente do tipo Aedes, é uma doença viral hemorrágica aguda e sem tratamento específico. Uma pequena parte dos pacientes desenvolve sintomas severos e aproximadamente metade deles morre entre dez e 14 dias após a infecção. Uma única dose de imunicação, no entanto, protege a pessoa por toda a vida, além de ser de baixo custo. A imunização é alcançada dez dias após a aplicação da vacina.