O FBI está ajudando o Catar a investigar a origem de um suposto ciberataque aos meios estatais, o que despertou tensões diplomáticas no Golfo, informou uma fonte nesta sexta-feira (2).
Uma equipe do FBI (a Polícia Federal americana) chegou a Doha na semana passada, depois de o governo do Catar pedir ajuda aos Estados Unidos pelo anúncio de um ataque de 'hackers' sem precedentes no mês passado, disse esta fonte à AFP.
"Foi solicitado apoio americano e uma equipe enviada, que está em Doha desde sexta-feira passada, está trabalhando com o Ministério do Interior catariano", explicou a fonte.
Outros dois países, cujos nomes não foram revelados, também estão colaborando com a investigação. Os resultados poderiam ser anunciados no início da semana que vem.
Doha abriu a investigação após acusar 'hackers' de publicar declarações falsas, atribuídas ao emir Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani, no site da agência de notícias do Catar.
Essas informações o citavam questionando a hostilidade dos Estados Unidos em relação ao Irã, referindo-se a "tensões" entre Doha e Washington, com comentários sobre o Hamas e especulando sobre a possibilidade de que o presidente americano, Donald Trump, não permaneça no cargo por muito tempo.
Doha desmentiu todos esses comentários e disse que tinha sido vítima de um "crime cibernético vergonhoso".
Mas outros poderes da região, incluindo a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, utilizaram esses comentários para demonstrar que o Catar está à margem da política exterior do Golfo, especialmente no que diz respeito ao Irã.