Quinze crianças morrem após receber vacina contaminada no Sudão do Sul

Segundo Ministro da Saúde do Sudão do Sul, a equipe de vacinação não respeitou as normas de segurança da OMS
AFP
Publicado em 02/06/2017 às 12:48
Segundo Ministro da Saúde do Sudão do Sul, a equipe de vacinação não respeitou as normas de segurança da OMS Foto: Foto: Pixabay


Quinze crianças morreram após receber uma vacina contaminada em uma região isolada do sudeste do Sudão do Sul, país em guerra desde o final de 2013, anunciou nesta sexta-feira o ministro de Saúde.

"A equipe de vacinação não respeitou as normas de segurança aprovadas pela Organização Mundial de Saúde", declarou o ministro Riek Gai Kok em coletiva, que denunciou a utilização de somente uma seringa durante a campanha contra o sarampo, que durou quatro dias.

"A reutilização da seringa, denominada reconstituição, implica que esta última está contaminada e, por sua vez, contamina os frascos da vacina contra o sarampo e infecta todas as crianças", criticou o ministro.

A investigação, comandada por um comitê sul-sudanês especialista em saúde e com a ajuda de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), demonstrou que as vacinas administradas na região de Kapoeta não foram conservadas respeitando as regras da cadeia de frio, o que favoreceu a sua contaminação.

As crianças começaram a morrer por conta deste incidente a partir de 2 de maio, enquanto outras 32 sofreram sintomas que incluíram vômito, febre e diarreia, embora tenham sobrevivido. No total, 300 pessoas foram vacinadas durante esta campanha.

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