No sábado (3) à noite, Londres voltou a viver uma tragédia quando três homens atropelaram pedestres e esfaquearam várias pessoas em uma área de bares da capital inglesa, no mais recente de vários ataques no país, sendo o mais grave deles o de 2005, que deixou 56 mortos.
O ataque de sábado (3), que matou sete pessoas e deixou 48 feridos, aconteceu menos de duas semanas depois do ataque em Manchester, ao final de um show da cantora Ariana Grande, no qual morreram 22 pessoas.
O atentado, no qual os três criminosos foram mortos pela polícia, aconteceu a quatro dias das eleições legislativas e lembra o ocorrido em 22 de março perto do Parlamento, quando um homem atropelou pedestres na ponte de Westminster e depois esfaqueou um policial. Cinco pessoas morreram no ataque.
A seguir a cronologia dos ataques no Reino Unido desde 2005:
Em 7 de julho, quatro atentados suicidas coordenados e cometidos ao mesmo tempo, no horário de grande fluxo de três ramais do metrô e em um ônibus londrino, deixaram 56 mortos, incluindo os quatro autores. Outras 700 pessoas ficaram feridas. Um grupo que se identificou como integrante da Al-Qaeda assumiu a autoria dos ataques.
Quinze dias depois, houve quatro tentativas de atentado com um "modus operandi" similar, de forma coordenada e quase simultânea, também em três linhas de metrô e em um ônibus. Neste caso, porém, as bombas artesanais não explodiram por um erro de cálculo em sua confecção.
Segundo a Justiça, as duas séries de atentados estavam relacionadas.
Em 30 de junho, um carro-bomba cheio de botijões de gás foi lançado contra o principal terminal do aeroporto de Glasgow, na Escócia, muito frequentado no início das férias escolares, sem explodir. Um indiano que dirigia o veículo ficou gravemente queimado. Ele faleceu um mês depois. Seu acompanhante, um médico iraquiano, foi detido. Em 2008, foi condenado à prisão perpétua.
Na véspera, dois carros Mercedes Benz com galões de gasolina e pregos foram descobertos estacionados perto do Piccadilly Circus, no coração de Londres. Um problema de conexão no dispositivo detonador impediu que os veículos explodissem, segundo os investigadores.
Em 22 de maio, dois londrinos de origem nigeriana atropelaram o soldado Lee Rigby, de 25 anos, no sudeste de Londres, para esfaqueá-lo e tentar decapitá-lo. Em um vídeo gravado logo depois da agressão, um dos assassinos declarou que o objetivo era vingar "os muçulmanos mortos por soldados britânicos".
Em 5 de dezembro, Muhaydin Mire, de 30 anos, nascido na Somália, feriu duas pessoas com uma faca - uma delas gravemente -, na entrada do metrô de Leytonstone, no leste de Londres, dois dias depois dos primeiros ataques aéreos britânicos contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria. O ataque foi classificado como "terrorista" pelas autoridades. Mire foi condenado à prisão perpétua.
Em 22 de março, um homem investiu seu carro contra os pedestres que passeavam perto do Parlamento, antes de matar um policial que fazia a segurança do prédio. Foram cinco mortos, além do agressor, abatido pelos agentes.
Em 22 de maio, um atentado na saída de um show da americana Ariana Grande em Manchester deixou 22 mortos e 116 feridos. O ataque foi cometido por um suicida que detonou uma potente bomba nas saídas do pavilhão Manchester Arena, ao final da apresentação.