Síria quer entrar no Acordo de Paris contra mudanças climáticas

Os Estados Unidos tinham ratificado o acordo assinado em 2015, mas o presidente Donald Trump anunciou em junho passado que estava retirando seu país do pacto
AFP
Publicado em 07/11/2017 às 14:30
Os Estados Unidos tinham ratificado o acordo assinado em 2015, mas o presidente Donald Trump anunciou em junho passado que estava retirando seu país do pacto Foto: Foto: Pixabay


A Síria anunciou nesta terça-feira (7) na COP23 de Bonn sua intenção de entrar no Acordo de Paris contra as mudanças climáticas, segundo uma ONG, o que deixaria os Estados Unidos como a única nação do mundo disposta a permanecer fora do pacto.

"Nós vamos nos juntar ao Acordo de Paris", disse o delegado sírio, falando em árabe, durante uma sessão plenária na conferência da ONU em Bonn, Alemanha, de acordo com Safa Al Jayoussi, diretora da ONG IndyAct, que estava monitorando a sessão.

Os Estados Unidos tinham ratificado o acordo assinado em 2015, mas o presidente Donald Trump anunciou em junho passado que estava retirando seu país do pacto por considerá-lo prejudicial aos interesses nacionais.

"O representante sírio indicou que uma lei foi adotada (por seu país) com vistas a ratificar o Acordo de Paris", segundo Cynthia Elliott, do think tank americano WRI, organização observadora no processo de negociação.

Responsabilidade

"Eles enfatizaram que todos os países têm uma responsabilidade, mas também mencionaram sua intenção de se concentrar em suas prioridades nacionais, incluindo a reconstrução no pós-guerra", acrescentou.

"Isto quer dizer que os Estados Unidos estão isolados", indicou Alden Meyer, especialista do think tank americano Union of Concerned Scientist.

"Sobre esse tema do clima, ninguém quer estar do lado de Donald Trump, que se encontra em um esplêndido isolamento", apontou.

"Quando até mesmo a Síria, com todos os seus problemas, compreende a importância de um acordo climático mundial, isto mostra como o Partido Republicano nos Estados Unidos está comprometido ideologicamente com a negação climática", disse Mohamed Adow, da ONG Christian Aid.

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