Estudantes e professores se preparam neste domingo (25) para retornar à escola de Parkland, Flórida, cenário de um massacre que deixou 17 mortos, um momento que consideram "assustador", enquanto pedem aos políticos que enfrentem a questão da violência armada.
"Imagina que você estava em um acidente de avião e tem que embarcar no avião todos os dias e ir para algum lugar", afirmou ao programa "This Week" do canal ABC David Hogg, um dos sobreviventes do tiroteio de 14 de fevereiro na escola do ensino médio de Parkland, Flórida.
"Não posso imaginar, emocionalmente, o que eu e meus colegas vamos passar durante o dia", completou.
Alguns alunos e professores retornarão à escola neste domingo (25) para uma sessão de "orientação". Os demais professores e funcionários retornarão na segunda-feira em tempo integral para preparar o retorno das aulas na quarta-feira.
Dezessete pessoas morreram vítimas dos tiros de um fuzil AR-15 usado por Nikolas Cruz, 19 anos.
Uma das professoras contou à rádio NPR que o choque de voltar à sala de aula que estava do mesmo jeito do dia do ataque, com os cadernos nas mesas e o calendário ainda marcando 14 de fevereiro, foi tão intenso que ela deixou o local.
Diante das demandas dos estudantes para a adoção de medidas de controle para o porte de armas, o presidente americano, Donald Trump, defendeu na sexta-feira (23) em Washington sua proposta de armar alguns professores, enquanto o governador da Flórida, Rick Scott, anunciou um plano de ação contra os tiroteios nas escolas que inclui a presença de oficiais armados em centros de ensino.
Em uma entrevista ao programa "Fox News Sunday", Scott, membro da Associação Nacional do Rifle (NRA), afirmou que sabe que "provavelmente teremos algumas divergências. Mas quero que meu estado esteja a salvo".
Delaney Tarr, outra jovem sobrevivente do massacre, afirmou neste domingo, também ao canal Fox, que se prepara para o retorno.
"É assustador porque não sei se vou estar segura lá. Mas eu seu que tenho que ir".