A área subterrânea de testes nucleares da Coreia do Norte sofreu um desabamento parcial após o último teste do país, concluíram sismólogos chineses em um estudo.
O líder norte-coreano Kim Jon Un anunciou no sábado uma moratória dos testes nucleares e o fechamento de Punggye-ri, local em que a Coreia do Norte realizou seis testes nucleares entre 2006 e 2017.
O anúncio aconteceu poucos dias antes de uma reunião de cúpula, prevista para sexta-feira, entre Kim Jong Un e o presidente sul-coreano Moon Jae-in.
O sexto e último teste nuclear norte-coreano, o mais potente de todos, gerou no dia 3 de setembro do ano passado um abalo sísmico de 6,3 graus de magnitude, também sentido no território chinês.
A Coreia do Norte afirmou na ocasião que testou uma bomba de hidrogênio.
A explosão provocou deslizamentos de terra e tremores secundários, o que levou alguns cientistas a considerar a hipótese de que o monte Mantapsan sofria da "síndrome da montanha fatigada".
Esta síndrome descreve uma área cuja estrutura geológica foi enfraquecida por explosões nucleares subterrâneas recorrentes.
Dois estudos de especialistas chineses mostram que um tremor secundário de 4,1 graus, registrado oito minutos depois da explosão, provocou um deslizamento de rochas dentro da montanha.
"É necessário continuar vigiando eventuais vazamentos de material radioativo provocados pelo desabamento", afirma um resumo publicado na internet de um estudo da Universidade da Ciência e Tecnologia da China.
"O desabamento condena a não utilizar as infraestruturas subterrâneas do monte Mantapsan para testes nucleares", consideram os autores do estudo.