O presidente Donald Trump reconheceu oficialmente, nesta segunda-feira (25), a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, uma área fronteiriça tomada da Síria em 1967.
"Isso estava sendo preparado há muito tempo", afirmou Trump, ao lado do premiê Benjamin Netanyahu na Casa Branca.
O reconhecimento, por parte dos EUA, do controle de Israel sobre este território rompe décadas de consenso internacional.
Para Netanyahu, trata-se de um reconhecimento "histórico". Segundo ele, as colinas de Golã vão permanecer sob controle israelense. "Nunca renunciaremos a elas", frisou.
"Sua proclamação vem no momento em que Golã é mais importante do que nunca para nossa segurança", agradeceu a Trump.
Síria e Rússia reagiram. Enquanto Damasco acusou os Estados Unidos de atacarem sua soberania, Moscou disse temer "uma nova onda de tensões" no Oriente Médio.
No mesmo pronunciamento na Casa Branca, o presidente Trump disse também que os Estados Unidos "reconhecem o direito absoluto de Israel de se defender".
Trump classificou como um "ataque desprezível" o lançamento de um foguete da Faixa de Gaza. Nele, sete pessoas ficaram feridas perto de Tel Aviv, no domingo à noite. Em resposta, o Exército israelense lançou ataques na Faixa de Gaza.
De acordo com o premiê Netanayahu, os ataques militares contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza são uma represália contra a "agressão sem sentido".
"Enquanto falamos, Israel está respondendo energicamente a esta agressão sem sentido", disse Netanyahu durante a visita a Trump, referindo-se ao ataque com foguetes atribuído ao Hamas.
"Israel não vai tolerar isso. Não vou tolerar", disse Netanyahu.