Os incêndios na Amazônia constituem uma "situação urgente" que deve ser discutida durante a cúpula do G7 este final de semana, declarou nesta sexta-feira o porta-voz de Angela Merkel, apoiando uma solicitação do presidente francês Emmanuel Macron neste sentido.
"A chanceler está convencida" que a questão "deve constar na agenda dos países do G7 quando se reunirem este final de semana" em Biarritz, declarou Steffen Seibert em Berlim.
Merkel "apoia completamente o presidente francês" neste ponto, acrescentou. O presidente da França, chamou a situação das queimadas na Amazônia de ''crise internacional''. Ele afirmou que o tema deve ser discutido em reunião desta semana no G7 (grupo de países ricos, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
De 1º de janeiro até essa terça-feira, 20, foram contabilizados 74.155 focos, alta de 84% ante o mesmo período de 2018, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Um pouco mais da metade (52,6%) desses focos têm ocorrido na Amazônia.
''Nossa casa está queimando. Literalmente. A Floresta Amazônica - o pulmão do nosso planeta, que produz 20% do oxigênio do nosso planeta - está em chamas. É uma crise internacional. Membros do G7, vamos discutir essa emergência de primeira ordem daqui a dois dias'', escreveu Macron em duas publicações seguidas, em francês e inglês, nas redes sociais.
Junto do comentário, Macron utilizou a hashtag #ActForTheAmazon ("aja pela Amazônia") em vez de #PrayforAmazon ("reze pela Amazônia"), mais popular nas redes sociais.
No Twitter, Bolsonaro disse que a sugestão do presidente francês "evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI". Bolsonaro disse lamentar que Macron busque "instrumentalizar" o assunto do Brasil e de outros países amazônicos para "ganhos políticos pessoais". "O tom sensacionalista com que se refere à Amazônia (apelando até para fotos falsas) não contribui em nada para a solução do problema", disse Bolsonaro.