O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao primeiro-ministro da Autrália, Scott Morrison, que ajudasse o procurador-geral dos EUA, Bill Barr, a reunir dados para desacreditar o caso sobre a suposta ingerência russa nas eleições de 2016, revela nesta segunda-feira o jornal The New York Times.
Citando dois funcionários americanos não identificados, o jornal informa que o pedido ocorreu durante recente conversa por telefone entre Trump e Scott Morrison.
Segundo o Times, a Casa Branca restringiu o acesso à transcrição do telefonema, como ocorreu com a polêmica conversa recente entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
A conversa com Zelensky sobre uma investigação envolvendo o filho do pré-candidato democrata Joe Biden provocou a abertura de um processo de impeachment contra o presidente americano.
O departamento de Justiça está realizando uma investigação sobre as origens da ação do procurador-especial Robert Mueller envolvendo a interferência russa na eleição presidencial de 2016, que Trump tem denunciado como uma "caça às bruxas".
Segundo o Times, Trump telefonou para Morrison e pediu sua ajuda na revisão realizada pelo departamento de Justiça sobre a origem da investigação de Mueller e pediu que falasse com Barr.
A investigação original do FBI sobre a interferência russa na eleição presidencial de 2016 foi deflagrada com base em informações de funcionários australianos, segundo o Times.