Forças Armadas e Polícia sugerem que Evo Morales renuncie para pacificar a Bolívia

Pedido foi feito em meio a protestos contestando a reeleição de Morales em outubro desde ano
AFP
Publicado em 10/11/2019 às 17:33
Pedido foi feito em meio a protestos contestando a reeleição de Morales em outubro desde ano Foto: Foto: Enzo DE LUCA / AFP


O comandante-chefe das Forças Armadas e da Polícia da Bolívia, o general Williams Kaliman, pediu neste domingo ao presidente Evo Morales que renuncie, em meio a protestos por sua questionada reeleição na votação de 20 de outubro, nas qual a Organização de Estados Americanos (OEA) apontou irregularidades.

“Após analisar a situação conflituosa interna, pedimos ao presidente de Estado que renuncie a seu mandato presidencial permitindo a pacificação e a manutenção da estabilidade, pelo bem da nossa Bolívia”, disse o general Kaliman à imprensa.

“Nos somamos ao pedido do povo boliviano de sugerir ao senhor presidente Evo Morales que apresente sua renúncia para pacificar o povo da Bolívia", declarou o comandante geral da Polícia, general Vladimir Yuri Calderón.

Opositor Camacho entrega carta de renúncia de Morales na sede do governo em La Paz

O líder regional opositor boliviano Luis Fernando Camacho entregou neste domingo na sede de governo de La Paz uma carta de renúncia que pretende que o presidente Evo Morales assine e uma Bíblia, conforme havia prometido.

Acompanhado por uma multidão, Camacho entrou na sede de governo da Praça Murillo junto com o dirigente cívico de Potosí (sul) Marco Pumari, onde simbolicamente entregou a carta de renúncia para Morales e um exemplar da Bíblia.

Camacho, líder do Comitê Cívico Pro Santa Cruz (leste), e Pumari, e o advogado Eduardo León, se ajoelharam diante de um imenso escudo boliviano no meio de um corredor da casa do governo, onde depositaram a carta e a Bíblia, de acordo com uma foto divulgada nas redes sociais. 

"Não vou com armas, vou com minha fé e minha esperança; com uma Bíblia na minha mão direita e sua carta de renúncia na minha mão esquerda", disse ele em um grande comício na segunda-feira passada na cidade de Santa Cruz, reduto da oposição. 

Camacho disse que quer que Deus volte à sede do governo, pois foi retirado pelo presidente de esquerda.

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