Ao menos dez passageiros de um cruzeiro que as autoridades japonesas puseram em quarentena estão infectados pelo novo coronavírus, anunciou nesta quarta-feira (04) a emissora NHK, citando o ministério da Saúde japonês.
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As autoridades decidiram colocar em quarentena o barco 'Diamond Princess', que chegou na noite da última segunda-feira (03) à Baía de Yokohama, perto de Tóquio, com 3.711 pessoas a bordo. A medida foi adotada para buscar eventuais casos de contágio depois que foi detectada uma pneumonia viral em Hong Kong em um antigo passageiro do navio.
A primeira vítima mortal do coronavírus foi um homem de 60 anos com problemas de saúde, perfil semelhante ao das outras vítimas da pneumonia viral iniciada na China. Desde que o governo chinês anunciou o surto em dezembro, esta doença semelhante à Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) matou 425 pessoas e infectou mais de 20.400.
Até agora, 80% dos mortos são pessoas com 60 anos de idade ou mais e 75% tinham doenças anteriores, como diabetes, informou nesta terça-feira a Comissão Nacional de Saúde da China (NHC). A taxa de mortalidade permanece em 2,1%, de acordo com a comissão, um número muito inferior aos quase 10% da Sars que surgiu em 2002-2003 e matou 800 pessoas em todo o mundo.
No caso do coronavírus, 97% das vítimas eram da província de Hubei, de cuja capital, Wuhan, o coronavírus apareceu em um mercado que vendia animais vivos. O governo chinês também indicou que entre as vítimas há pelo menos cinco pessoas com menos de 60 anos. O mais novo é um homem de 36 anos de Wuhan. Fora de Hubei, a taxa de mortalidade é de 0,16%.
Macau, um popular centro de apostas entre turistas do continente, confirmou sete casos até terça-feira. Em Hong Kong, oito pessoas são portadoras da doença. Dessas, seis chegaram através de um terminal ferroviário de alta velocidade recém-construído que conecta a cidade ao continente.