Museus enriquecem o aprendizado extraordinariamente e é fundamental que desde criança se aprenda a aprender neles. São células importantes na escola de experiências e representam atrações para turistas ávidos por compreender o mundo, nas diversas perspectivas: histórica, artística, científica, antropológica, etc. Eles são âncoras em uma comunidade e grandes parceiros de escolas. Há museus em prédios, castelos e também a céu aberto, a exemplo dos sítios históricos, parques temáticos e zoológicos.
Grandes museus têm programas educacionais excelentes e os professores são bem vindos a aprender sobre os recursos disponíveis nessas instituições. Assim, os educadores podem planejar aulas em conjunto com esses especialistas, criando desafios que estimulem a curiosidade do aluno. Os museus modernos estão cada vez mais interativos, com atividades lúdicas e tecnologias para captar a atenção dos visitantes. Há jogos e atividades que podem divertir e ensinar ao mesmo tempo.
No Brasil, investir em museus não tem sido prioridade, e não há incentivos para que empresas e cidadãos doem recursos, como acontece nos países que têm grandes museus. A maioria dos museus brasileiros estão em estado precário e/ou com recursos e tecnologia limitados. A destruição do Museu Nacional (RJ) e do Museu de Língua Portuguesa (SP), referências no Brasil, foi uma grande tragédia. Atualmente, como referência mundial, destaco dois museus brasileiros: do Amanhã e o de Inhotin.
Os Estados Unidos lideram o ranking global de grandes museus, com cerca de 35 mil. Em 2018, eles geraram cerca de 700 mil empregos, contribuíram em 50 bilhões de dólares para a economia americana, a atraíram 850 milhões de visitantes.
A lista de museus extraordinários no mundo é extensa. São todos bilíngues (idioma nativo do país e Inglês). Em muitas cidades globais, o centro de informação turística oferece um mapa exclusivo dos museus da região metropolitana. Destaco alguns, apenas como exemplo, para que em próximas viagens pelo mundo, conhecer museus seja priorizado no roteiro: arqueologia e sítios históricos na Grécia, Smithsonian e Exploratorium nos Estados Unidos, The British museum na Inglaterra, Prado na Espanha, Louvre na França, Ciências em Portugal, Rijksmuseum na Holanda, Kunsthistorisches na Austria, Vaticano na Itália, Royal Ontario no Canadá, Antropologia no México, Urban planning e Shanghai na China.
Eduardo Carvalho é advogado e Harvard University felllow.