BRASÍLIA – Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), conseguiu liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta (22) para ficar em silêncio durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, que apura relação de agentes públicos e privados com suposta organização criminosa liderada pelo empresário Carlinhos Cachoeira.
O ministro Cezar Peluso concedeu a liminar para que Monteiro possa ser acompanhado por advogados durante o depoimento e tenha o direito de não ser preso por suas declarações, além de permitir que ele fique em silêncio. Para Peluso, mesmo que o ex-assessor fale na condição de testemunha, há risco de auto-incriminação que deve ser evitado.
Monteiro foi convocado para depor na CPMI na próxima quinta-feira (28). Ele é citado em uma gravação da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), em conversa com pessoas ligadas a Cachoeira. Quando as denúncias foram divulgadas na imprensa, Monteiro se afastou do cargo.
As gravações da PF também apontam que Monteiro seria um dos beneficiados pelos aparelhos celulares via rádio comprados por Cachoeira e distribuídos, de acordo com a Polícia Federal, a pessoas que fariam parte da organização.