Ex-diretor da Petrobras é preso em 7ª fase da Lava Jato

Investigações apontam que empreiteiras repassariam propina a agentes públicos para conseguir contratos na petroleira
Danilo Galindo
Publicado em 14/11/2014 às 8:40
Investigações apontam que empreiteiras repassariam propina a agentes públicos para conseguir contratos na petroleira Foto: Foto: VANDERLEI ALMEIDA / AFP


A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira, 14, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque ao deflagrar a sétima fase da Operação Lava Jato, que investiga desvios de R$ 10 bilhões da estatal. A PF também prendeu executivos e faz busca e apreensão em cinco das maiores empreiteiras do País, o braço financeiro do esquema de corrupção na petrolífera. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que uma das empreiteiras-alvo da ação é a Camargo Correa. Viaturas da PF foram vistas na sede da empresa nesta sexta-feira em São Paulo. Onze mandados estão sendo cumpridos em grandes empresas. 

As empreiteiras repassariam propina a agentes públicos para conseguir contratos na petroleira. Duque seria o interlocutor do PT na Petrobras, e a diretoria de Serviços da estatal, que comandou de 2003 até 2012, seria responsável por repassar porcentuais dos contratos assinados para o partido. A Justiça bloqueou R$ 720 milhões em bens de 36 investigados nesta sétima fase da Lava Jato. Três empresas de um dos operadores do esquema também tiveram as contas bloqueadas. 

Ao todo trezentos policiais, com apoio de 50 servidores da Receita Federal, cumprem na manhã de hoje 85 mandados judiciais. Os envolvidos responderão por crimes de formação de quadrilha, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

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