Procuradores defendem parceiros da Operação Lava Jato

A Lava Jato, que apura um esquema de corrupção, desvios de recursos e pagamento de propinas na Petrobras, foi deflagrada em março
Danilo Galindo
Publicado em 14/11/2014 às 9:41


Os Procuradores da República da força-tarefa do Ministério Público Federal que atua nas ações da Lava Jato divulgaram nota na última quinta-feira (13) em defesa dos delegados da Polícia Federal envolvidos na operação que postaram nas redes sociais mensagens de apoio ao então candidato do PSDB, Aécio Neves, e críticas à presidente Dilma Rousseff, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT durante a campanha eleitoral.

“Em nosso país, expressar opinião privada, mesmo que em forma de gracejos, sobre assuntos políticos é constitucionalmente permitida, em nada afetando o conteúdo e a lisura dos procedimentos processuais em andamento”, afirma o comunicado do Ministério Público Federal. Os procuradores afirmam na nota que o texto foi divulgado para “reiterar a confiança e o apoio aos delegados, agentes e peritos da Polícia Federal que trabalham” na operação. “A exploração pública desses comentários carece de qualquer sentido, pois o objetivo de todos os envolvidos nessa operação é apenas o interesse público da persecução penal e o interesse em ver reparado o dano causado ao patrimônio nacional, independentemente de qualquer coloração político-partidária”, conclui o texto do Ministério Público Federal.

A força-tarefa é composta por seis procuradores federais que acompanham as 12 ações penais decorrentes da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná, além dos inquéritos que surgiram com a operação da Polícia Federal. Eles detêm ampla experiência em ações contra esquemas de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

A Lava Jato, que apura um esquema de corrupção, desvios de recursos e pagamento de propinas na Petrobras, foi deflagrada em março. Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa tinha como principais protagonistas o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. 

A investigação aponta para lavagem de R$ 10 bilhões. Parte desse montante teria origem em desvios de verbas públicas. Costa e Youssef firmaram acordos de delação premiada com o Ministério Público Federal. A contribuição do ex-diretor da Petrobras já foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, e ele cumpre prisão domiciliar.

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