A presidente Dilma Rousseff pediu nesta sexta-feira (5) a seus homólogos sul-americanos reunidos em Quito que escolham e executem projetos comuns de integração econômica e de infraestrutura para enfrentar a queda dos preços do petróleo.
"Na atual conjuntura de crise internacional, com a queda do preço das matérias-primas e, principalmente do petróleo, o desafio do desenvolvimento é ainda maior", disse a presidente na cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) no Equador.
A queda acentuada dos preços do petróleo no mercado internacional, que está por volta de 30% desde junho, atinge com maior força Venezuela, Colômbia e Equador, três dos 12 membros da Unasul.
Na reunião realizada a portas fechadas na recém-inaugurada sede do grupo, nas proximidades de Quito, Dilma Rousseff afirmou que as dificuldades econômicas devem reforçar os canais de "cooperação e integração regional".
"Temos maior clareza sobre a importância da integração no nosso continente. Por isso, consideramos fundamental buscar formas de integração econômica e de infraestrutura, tanto infraestrutura logística como energética", destacou a presidente.
A presidente insistiu que o difícil cenário econômico na Europa, a recessão japonesa e a fraca recuperação dos Estados Unidos são um estímulo para a cooperação dos países sul-americanos, que apoiam seu crescimento na exportação de matérias-primas.
"É importante que os países da nossa região tenham capacidade de se integrar cada vez mais e, sobretudo, cooperar cada vez mais", ressaltou.
Nesse sentido, apoiou a proposta de "escolher projetos prioritários" de infraestrutura regional para garantir seu financiamento e execução.
"Vamos dar total apoio a suas propostas de acelerar a execução da agenda de projetos prioritários (...), assim como buscar convergências nos processos de integração", disse a presidente.