O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), elogiou nesta quinta-feira (16) o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), nomeado o novo ministro do Turismo pela presidente Dilma Rousseff na quarta (15).
"É um quadro excepcional, então para nós é sempre uma honra e orgulho. Não tenho que considerar vitória nem derrota. É um orgulho para qualquer governo poder ter o Henrique no seu ministério", disse.
As declarações foram dadas após a cerimônia de comemorações do Dia do Exército --da qual Cunha, a presidente Dilma Rousseff e outras autoridades participaram-- e faziam referência ao fato do novo ministro ser amigo e aliado do presidente da Câmara.
A indicação foi vista como um aceno a ele, cuja atuação no Congresso tem contrariado o Palácio do Planalto e derrotado o governo em diversas votações.
Por outro lado, a ida de Alves para o Turismo, no lugar de Vinicius Lages, enfrentou a resistência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), padrinho político do ex-ministro.
O vice-presidente Michel Temer, nomeado como novo articulador político do Planalto, tentou nos últimos dias construir opções para Lages "melhores que o ministério".
Foi colocado na mesa, por exemplo, a opção de ele presidir órgãos como a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) ou diretoria de bancos.
Peemedebistas afirmam que seu destino ainda está em aberto. Aliados de Calheiros afirmam que o presidente do Senado não quer que atribuam a ele qualquer nova indicação para postos no governo. Afinal, ele assumiu o discurso de que a presidente precisa cortar pela metade seus ministérios.