A Comissão de Direitos Humanos da Câmara ouve na tarde desta quarta-feira (24) oito pessoas que afirmam ter deixado de ser homossexuais e especialistas no assunto.
Segundo o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), autor do requerimento para a realização da sessão, as pessoas que decidiram não ser mais gays sofrem um preconceito duplo.
Na reunião, Feliciano quer debater o posicionamento das pessoas convidadas sobre a questão e os problemas por elas enfrentados na sociedade. Para o deputado, tanto os homossexuais quanto os heterossexuais acusam a população de ex-LGBTs de serem mentirosos, dissimulados e até mesmo doentes mentais.
Feliciano defende ainda a aprovação de uma lei que possa proteger do preconceito essas pessoas e pede que haja programas governamentais para promover a visibilidade e o respeito por elas. "Elas são pessoas excluídas da proteção do Estado, seguem sem direitos, sem vez e nem voz, neste suposto Estado democrático de Direito", defende ele.
Foram convidados três pastores, uma missionária, dois psicólogos, um estudante de teologia, e uma estudante de psicologia.
Pastor evangélico, Feliciano foi presidente da comissão em 2013 e é declaradamente contrário ao casamento homossexual.