O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu convidar a presidente Dilma Rousseff para que ela "definitivamente participe" da discussão sobre a reforma política. O encontro deve ocorrer na manhã desta quinta-feira (25).
"Nesse esforço de mobilização vamos conversar com a presidente. O fundamental é que mobilizemos todos os esforços para que possamos ter a reforma política, fazer as mudanças que a sociedade cobra, dar transparência ao financiamento das campanha e acabar e remover essa zona cinzenta entre público e privado", disse o congressista.
Renan afirmou que um dos entraves para que as mudanças no sistema eleitoral avancem é a falta de engajamento do Executivo no debate.
"Uma das coisas que dificultou a reforma política no Brasil, o Senado já votou várias vezes a reforma política, efetivamente ela não andou no Congresso porque nunca contamos com a participação do Executivo. É fundamental nessa mobilização contarmos com a participação do Executivo", afirmou.
Acompanhado de senadores, Renan esteve nesta quarta (24) conversando com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, sobre o tema. Após a reunião, ele afirmou que uma das prioridades é defender limites para doações de empresas para as campanhas eleitorais.
O peemedebista também defendeu que o ideal é que o Congresso defina primeiro o modelo de financiamento do que o Supremo, que tem em debate uma ação pedindo que seja declarada inconstitucional repasses de empresas para candidatos. O julgamento está suspenso há mais de um ano. O presidente do Senado apontou que é preciso fixar limite para as doações.
Outro tema, segundo o senador, será uma regra para participação de mulheres na política.