O governo brasileiro minimizou a lista divulgada neste sábado (4) pelo WikiLeaks com nomes da administração Dilma Rousseff espionados, no passado, pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, a NSA.
As informações divulgadas agora detalham casos de monitoramento realizados no início do primeiro mandato da presidente da República e que, em 2013, motivaram duras reações do Palácio do Planalto. Na ocasião, Dilma chegou a adiar sua visita à Casa Branca.
"O governo americano reconheceu os erros e assumiu compromissos de mudar de prática. Para nós, o episódio está superado", disse à Folha o ministro Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social), porta-voz da Presidência da República.
A divulgação dos dados de espionagem ocorrem dias depois de Dilma se encontrar com Barack Obama em Washington. A visita aos EUA virou a página de tensão entre os dois países após a crise provocada pelas ações irregulares da NSA.
Assessores do governo notaram que, a partir da lista veiculada agora, é possível notar quais as áreas de interesse de espiões americanos. Entre os diplomatas, há vários nomes que tocam a agenda do meio ambiente, tema discutido por Dilma e Obama nesta semana.
Assuntos como desarmamento e relações do Brasil com nações da África e Oriente Médio também estavam no foco.
Dilma desembarcou nos EUA no sábado (27) e retornou a Brasília nesta quinta-feira (2).