Pesquisa destaca alto índice de rejeição a Dilma e diz que 62,8% são favoráveis ao impeachment

De acordo com o levantamento da CNT/MDA, o ex-presidente Lula também vem recebendo avaliação negativa e não seria eleito, caso a votação fosse hoje
Mariana Mesquita
Publicado em 21/07/2015 às 12:25
De acordo com o levantamento da CNT/MDA, o ex-presidente Lula também vem recebendo avaliação negativa e não seria eleito, caso a votação fosse hoje Foto: Foto: Clemilson Campos/Acervo JC Imagem


Pesquisa mostra que 79,9% dos brasileiros desaprovam o desempenho pessoal da presidente Dilma Rousseff, e 62,8% são favoráveis a um impeachment. Esses, entres outros dados, foram obtidos através de um levantamento divulgado na manhã desta terça-feira pela Confederação Nacional dos Transportes. A desaprovação ao desempenho pessoal da presidente é a mais alta desde 2001, e a gestão de Dilma também alcançou a maior avaliação negativa medida pela CNT, que iniciou seus levantamentos de forma autônoma em 1998. Produzida em parceria com o instituto MDA desde 2013, a pesquisa tenta retratar a opinião da população sobre os principais assuntos do momento - tais como economia, educação, saúde, segurança e, também, política.

Nesta 128° edição, a pesquisa mostra que a avaliação negativa do governo de Dilma, em si, também vem caindo, passando dos 64,8% aferidos em março para os atuais 70,9% de rejeição. Os declínios de popularidade, tanto de Dilma como de sua gestão, estão ligados às denúncias de corrupção, à piora da situação econômica brasileira e aos aumentos da inflação e do desemprego. Apenas 7,7% dos entrevistados continuam avaliando o governo positivamente. Em março, eles eram 10,8%. De acordo com a pesquisa, 18,5% consideram o governo “ruim”, enquanto 52,4% dizem que é “péssimo”. 20,5% o classificam como regular. Os satisfeitos com a gestão seriam pouquíssimos: 6,2% afirmaram que o governo é “bom”, e 1,5%, “ótimo”, quase empatando com os 0,9% dos entrevistados que não souberam ou não quiseram responder.

Mas a pesquisa não constatou apenas uma queda na popularidade de Dilma. O ex-presidente Lula, caso disputasse hoje uma eleição contra Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB), Geraldo Alckmin (PSDB) ou José Serra (PSDB), perderia o pleito. No primeiro cenário apresentado pela pesquisa, que ateve-se aos potenciais candidatos do PSDB, o primeiro turno teria Aécio à frente, com 35,1%, Lula em segundo lugar, com 22,8%, Marina Silva com 15,6% e 4,6% em Jair Bolsonaro (sem partido). Brancos e nulos somariam 14,8%. Então, no segundo turno, 49,5% dos entrevistados votariam em Aécio e 28,5% em Lula. Numa segunda hipotética eleição, com Geraldo Alckmin disputando no lugar de Aécio, Lula também perderia. Num eventual segundo turno, o tucano alcançaria 39,9%, vencendo Lula, que teria 32,3%. Já num terceiro cenário, contra José Serra, se houvesse segundo turno entre PT e PSDB, Serra ficaria com 40,3% e Lula, 31,8%.

Para os fins do levantamento, foram entrevistadas 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 Estados brasileiros, entre os dias 12 e 16 de julho de 2015. A margem de erro é calculada em 2,2 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.

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