Mais de 200 cidades aderem a protesto contra Dilma, dizem organizadores

O número representa um redução em relação às últimas manifestações, em 12 de abril, quando 407 cidades eram contabilizadas na véspera
Da Folhapress
Publicado em 12/08/2015 às 21:01
O número representa um redução em relação às últimas manifestações, em 12 de abril, quando 407 cidades eram contabilizadas na véspera Foto: Foto: AFP


Ao menos 234 cidades no Brasil e no exterior devem organizar protestos contra a presidente Dilma Rousseff no próximo domingo (16), segundo dados divulgados pelos organizadores nesta quarta (12).

O número representa um redução em relação às últimas manifestações, em 12 de abril, quando 407 cidades eram contabilizadas na véspera. Na ocasião, a reportagem confirmou protestos em 111 cidades.

Para este domingo, São Paulo é o Estado com o maior número de municípios participantes, 71. Na capital, os manifestantes ficarão na avenida Paulista e deverão levar cerca de dez carros de som.

Os principais grupos por trás dos protestos são o MBL (Movimento Brasil Livre), Vem Pra Rua e Revoltados On Line. Grupos que defendem a intervenção militar, como UND (União Nacionalista Democrática) e Pátria Amada Brasil, também terão seus carros no ato.

ANTI-IMPEACHMENT

Também neste domingo, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) organiza um abraço coletivo "em defesa da democracia", na frente do Instituto Lula, no bairro no Ipiranga, em São Paulo.

Na quinta (20) movimentos sociais organizam manifestações em dez capitais brasileiras. Na semana passada, o PT convocou sua militância a comparecer nesses atos para protestar contra "a ofensiva da direita" e defender a permanência de Dilma no poder.

Representantes de movimentos sociais, porém, alegam que as atos não serão pró-governo.

"Somos contra o golpismo porque pôr o Temer ou o Cunha na presidência não é solução para nada, mas esse não é um movimento de 'Viva a Dilma'. Somos contra o ajuste fiscal promovido pelo governo e também contra esse descalabro que é a Agenda Brasil [conjunto de propostas apresentadas pelo PMDB ]", afirma Gulherme Boulos, representante do MTST e colunista da Folha de S.Paulo.

Nesta semana, o PT organizou umasérie de eventos se contrapor às manifestações de domingo.

Na terça-feira (11), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou a Brasília para participar da abertura da Marcha das Margaridas, voltada para trabalhadoras rurais. Na sexta (14), ele retorna à capital federal para se encontrar com lideranças do partido e educadores para defender o tema que vem destacando como vital para o PT retomar o elo com sua base, a educação.

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