Antes de encontrar Lula, Dilma pede a ministros 'compromisso com o corte'

Entre os ministros petistas, a ausência mais significativa foi a de Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência)
Da Folhapress
Publicado em 17/09/2015 às 17:44
Entre os ministros petistas, a ausência mais significativa foi a de Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) Foto: Foto: Roberto Stuckert Filho / PR


A presidente Dilma Rousseff convocou nesta quinta-feira (17) todos os ministros de seu partido, o PT, para uma reunião no Palácio da Alvorada e pediu "compromisso" com o novo pacote de corte no Orçamento de 2016, apresentado no início da semana pelo governo no valor de R$ 26 bilhões.

Segundo a reportagem apurou, a presidente disse que é preciso que todos os ministros entendam "a gravidade da situação" econômica do país e "façam sua parte".

Entre os ministros petistas, a ausência mais significativa foi a de Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência). A pasta pode sofrer modificações na reforma administrativa, que deve ser anunciada na próxima semana.

Além dos cortes, o governo anunciou a proposta de recriação da CPMF, o imposto do cheque, que, nessa nova versão, seria dedicada a cobrir o rombo da Previdência Social.

No Congresso, porém, já há reações dos parlamentares de oposição e também da base aliada, contrários a novos impostos.

O ex-presidente Lula desembarca no fim da tarde desta quinta em Brasília também para uma rodada de conversas com ministros petistas e com Dilma. A conversa com a sucessora deve acontecer sem a presença de interlocutores.

O discurso do ex-presidente será em defesa da recriação da CPMF e das linhas gerais do pacote, com corte de gastos e elevação de receita.

Internamente, Lula nem concorda com todos os pontos das medidas anunciadas pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), mas tem dito a interlocutores próximos ouvidos que "irá para rua" em favor da iniciativa de Dilma para salvar a economia.

Aliados afirmam que o petista sabe que a única alternativa é apoiar o governo.

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